Bøger udgivet af KBR

Os contos que integram esta Pornografia soam como pequenos atentados melancólicos. Em seu livro de estreia, publicado originalmente pela Baleia em 2004, Nilo tem o que dizer, e sabe como dizê-lo. Não facilita, vai até o fim e passa longe de experimentalismos e hermetismos gratuitos que viraram uma espécie de ponto turístico de boa parte das linguagens ditas modernas. Nova edição revisada e ampliada.

O livro de estreia de Claudia Ribeiro do Valle traz 29 crônicas, onde o leitor se encontrará refletido em uma variedade de temas típicos da atualidade. Desde uma paquera num barzinho do Leblon, uma foto pra revista Playboy, a falência do casamento, psicanálise, tecnologia, póscontemporaneidade, a esbórnia, personal trainers, o sonho de um machão querendo ser drag queen no carnaval, o ofício de escrever e algumas outras "doideiras". Tudo numa linguagem clara, leve, simples, com a graça que só o carioca possui e - ah, que bom! - sempre politicamente incorreta. Este livro foi publicado em edição anterior sob o nome "Gozação Rir é tudo de bom".

Em "Crônicas de um (ex)Jogador", José Roberto Padilha, o Zé Roberto, soma ao fenômeno do futebol brasileiro o aspecto social. Além de descrevê-lo como o mais importante e mais legítimo distribuidor de rendas do país, o autor enriquece seu relato com histórias inéditas, vistas, ouvidas e vividas nos bastidores deste que é o nosso esporte nacional de eleição.

Amor e morte andam sempre juntos, porque, além de misteriosos, são imprevisíveis. Não se anunciam; acontecem. Remando contra a maré, Amor perfeito narra a relação de Laércio e Marina, um amor que contraria o mundo individualista em que vivemos, onde os relacionamentos são fugazes e o que se tem é a busca incessante do novo e do diferente, sempre em rápida obsolescência.

Em "Quem pintou my horse de green", o jornalista Sandro Vidal narra sua cândida trajetória de neófito pela selva política brasileira, um relato que expõe sem vergonha ou medo os jogos de interesse no meio público no país. Através de histórias bemhumoradas e encontros inusitados, Sandro narra o caminho trilhado sem meias palavras, num misto de admiração e mágoa por seu partido e suas lideranças, sempre empunhando a bandeira da educação ambiental. A campanha é narrada com a agilidade de um craque do jornalismo irradiando uma partida de seu time favorito: em primeiro lugar, o Flamengo, depois dele o futebol carioca; em primeiro lugar, o Partido Verde, depois dele o destino ambiental e social do Brasil.

Gustavo escreve histórias pelo prazer de contá-las. Fala do pai e dos amigos, da infância e da juventude, de ser marido e pai. E ainda de futebol, viagens, pneu furado, cachorro... Seus textos não escondem que o escopo é passear pela vida, mas com jeito de conversa entre amigos, um convite a uma viagem de época inocente, divertida e descompromissada, permanente na memória dos adultos.

Herdeiro direto da Semana de 1922 e da produção poética dos anos 1970, o texto de Simone Magno, em alguns momentos, parece nos remeter a um diário cifrado, de uma economia verbal que se dramatiza em jogo de esconde-esconde ou numa linearidade bastante suspeita. Poucas concessões levam ao referencial particular da autora, apesar do tom confessional permear todo o livro. Com prefácio de Rita Murtinho

No caminho percorrido da urbana São Paulo à fazenda Paulistânia, "Nuvem de Pó" de Priscila Ferraz é um choque com certeza, um choque de emoção e realidade no percurso de uma vida, de várias vidas que se entrecruzam e se afetam mutuamente. Com sua descrição apurada do cerrado brasileiro, sua rica fauna e flora e mais um celeiro de "causos" inimagináveis, aliada a toques sutis de realismo mágico, Priscila consegue sem esforço o que é predicado apenas da grande literatura: prende o leitor da primeira à ultima linha.

Coletânea de contos escolhidos entre os publicados originalmente na revista literária eletrônica de mesmo nome. A revista nasceu a partir de uma ideia muito simples: a criação de narrativas literárias inspiradas por notícias. Contos, minicontos, microcontos, prosemas, não importa: vale quase tudo. As notícias foram usadas, inicialmente, como pontos de partida, pequenos motes para a criação literária. Com o tempo, alguns autores passaram a prescindir delas para escrever suas histórias. O resultado você pode conferir neste livro.

Sacerdotisa conta a história de uma psicanalista e sua paciente em busca da cura de dores psíquicas e da sustentação da própria existência. É um caminho que ultrapassa os paradigmas da psicologia convencional e atinge níveis de consciência imprevistos. No encontro das duas, entre terapia e autoconhecimento, há uma ajuda mútua que leva a mudanças significativas.

Contos de um fumante inveterado, um admirador confesso de Nelson Rodrigues que tem absoluta aversão a mulher feia e a qualquer forma de submundo. Ah, e que é também um sarcástico irremediável.

Crônicas de um Kindle: de como a experiência do Kindle e do livro digital está alterando o prazer da leitura dos apaixonados por literatura. E também de todos os demais, claro.

Oscilando com desenvoltura entre o noir e o vampiresco, Ricardo Hofstetter desenvolve um romance carioca delicioso, que transcende todos os gêneros: Jornalista no fundo do poço e de mal com a vida acaba se envolvendo numa investigação policial, onde o criminoso se apresenta como um vampiro brasileiro. Durante a investigação, que resulta numa reportagem brilhante, Marcos Sacramento se envolve e se apaixona por Nicole, uma prostituta que transforma sua vida.

Segredos do aço? Segredos do Fisco? Segredos de Estado? Causos mineiros e maneiros? São alguns dos temas intrigantes deste novo livro de contos e crônicas de Carlos H. Peixoto, com prescrição para todas as idades. Tantas perguntas, apenas uma certeza: quem se arriscar a ler "A volta da mulher barbuda" não encontrará respostas. Mas, ao fim da aventura, o leitor estará repleto de indagações.

Neste romance da era real/ virtual, Mirisola conta a história de um escritor famoso que recebe uma mensagem de uma fã. Uma mulher belíssima, que adora sua literatura. Os dois passam a trocar emails que se tornam cada vez mais ousados - Joana passa a enviar fotos de partes de seu corpo, até as mais íntimas. O escritor, intrigado, marca um encontro com a mulher em um hotel no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro.

De memórias precoces da Segunda Guerra em Porto Alegre, ao novo mundo da internet, passando pela derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950, Jacob B. Goldemberg nos convida, em seus contos de cinema, a viajar por uma máquina do tempo onde o tempo é o que menos importa: são assuntos perenes, reconstruídos e eternizados pela pena exata deste exigente arquiteto da palavra.

Parafraseando o autor: nesses contos suburbanos, com sabor de cordel urbano, Borsato nos mostra coisas do arco da velha. São textos diretos, cruéis, impagáveis, mas com a delicadeza de um bibelô. Eduardo Borsato é como Isaurinha, que tem alma de artista: uma estrela da maior grandeza.

Neste ensaio poético-filosófico, que em sua própria forma renega tradicionalmente as melhores tradições da academia, analisadas do ponto de vista de um outsider inserido em suas próprias fileiras, Adão descreve o absurdo cotidiano de nosso mundo webiano em sua impensada rotina delivery.

"A Escritora" é a história real de uma redatora publicitária bem-sucedida. Porém, camuflada sob as máscaras do sucesso, ela esconde uma criança ferida. Como os anos passam e a mulher não encontra o amor que tanto procura, nem qualquer paz em sua vida, ela faz o que considera um trato "maluco" com Deus. Até que um dia se sente chamada para cumprir a palavra empenhada.

Em qualquer ramo do saber humano a atividade de sistematização do conhecimento para fins educacionais é sempre louvável. No caso específico da Vela, esta obra que está em suas mãos é muito mais que bem-vinda. Fruto da experiência, do trabalho e do entusiasmo do Professor Ricardo Fernandes ela é pioneira em muitos sentidos. Primeiro porque acrescenta à parca bibliografia estritamente pedagógica da Vela um novo volume, atual e técnico. Depois porque discute, de forma acadêmica, e propõe de modo científico, uma metodologia básica para o ensino da Vela.

Feito de contos, crônicas e ensaios curtos, este livro traz ao leitor uma reflexão a cada dia, uma pequena história por vez, e nela algo a mais que terá para analisar. Um passo por vez, e ao final, uma bela caminhada.

Gangue relata com impressionante realismo o provável resultado das poderosas forças em conflito numa república sul-americana em futuro não muito distante, onde os interesses predatórios de multinacionais, exércitos mercenários e traficantes de drogas travam suas guerras particulares.

"Meu olhar sobre o Peru" não tem a intenção de servir como roteiro turístico, mas sim de compartilhar a intimidade de um olhar de passagem, um olhar de geógrafa, além do mais. É um texto pessoal, mas que pode servir de apoio para quem pretende visitar o país, pois, além da pretensão de diário de viagem, vem recheado de riqueza histórica e informações úteis, validadas por quem as testou. Com fotos originais da autora, é, em si, uma viagem. Vale conferir o mergulho nesta cultura ancestral tão cuidadosamente preservada pelos povos andinos, tão próximos e tão distantes de nosso cotidiano brasileiro.

Uma doceira, um caixeiro-viajante, um piloto, um observador de UFOs e um gay enrustido são alguns dos divertidos personagens deste livro bemhumorado, crítico e inteligente. Em sete histórias, uma para cada dia da semana, Angela Dutra de Menezes surpreende, com um sabor bem brasileiro adicionado ao inusitado calendário.

Nestes contos, urbanos ou não, cuidadosamente urdidos como a trama exótica dos tapetes persas, a banalidade do cotidiano se desenrola em cenários surpreendentes e inesperados: é a coreografia da solidão, numa dança ritual da condição humana.

Quando se fala de modernismo no Brasil, logo se pensa na vanguarda paulista de 1922. Neste livro se desloca esse olhar para o Rio de Janeiro, e para o final do século 19 e início do 20, procurando outras visões da cidade e do país nessa virada de século, nas crônicas de João do Rio, em Lima Barreto, Emílio de Menezes, Benjamin Costallat, Orestes Barbosa e, especialmente, nos caricaturistas da revista D. Quixote (1917-1927). O trabalho de pesquisa é de vulto, e através da articulação entre memória e história resgata esses atores de um modernismo carioca e suas obras - um momento rico, habitualmente visto e relegado como pré-modernismo. Com prefácio de Vera Lins.

Em "O Zé do Brasil", composto de duas peças teatrais, "O Zé do Brasil" e "Os milagreiros", Eduardo Borsato exercita ao ápice sua veia satírica e politicamente incorreta, manipulando seus elementos favoritos - traição, religião, história do Brasil, política, sexo - com a maestria de um malabarista. Recado ao leitor: não se deixe intimidar pela forma de drama teatral, pois a leitura é tão hilariante e prazerosa que quaisquer inibições provocadas por falta de hábito ou falsas expectativas serão facilmente dissolvidas.

This book is not intended as a document of professional nature. Due to its informal style, it resembles an essay, without the need to prove anything, and making room for a few ethical and philosophical reflections. The author offers new ideas for cancer treatment and invites her readers to engage and add their contribution to a new approach. This essay speaks directly to the patients and those around them, to the health care team, the researcher and others who may possibly be interested in the subject "cancer," keeping an open mind as generous as possible when analyzing our questions and needs.

Neste antológico livro de crônicas escritas durante seu mandato como deputado federal, o professor, escritor e linguista Alcir Pimenta conta casos curiosos dos bastidores da política brasileira durante o período da ditadura e anos posteriores, enquanto se firmava a reputação de Brasília como capital do país. Conforme atesta o acadêmico Arnaldo Niskier em seu prefácio, "há um fino humor em seu trabalho, com uma série de jogos de palavras em que se embute, curiosamente, uma forte dose de ironia ou sarcasmo, arma terrível de que se valem os escritores para deixar subentendida crítica mais áspera. Há referências ao seu trabalho de político, defensor indormido da Zona Oeste carioca, que se fez seu reduto e sua moradia. Lembranças também de Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Aureliano Chaves, Ulysses Guimarães e Amaral Peixoto, num apanhado atraente do que essas personalidades representaram para a cena política brasileira".

Le présent ouvrage n'est pas un document à caractère professionnel. Le format informel ressemble plus à un essai, sans avoir besoin de prouver quoi que ce soit. De cette façon l'auteur peut exprimer ses idées et ses opinions subjectivement en ouvrant espace pour des réflexions éthiques et philosophiques. Alors, son ouvrage s'adresse au patient et leur entourage, à l'équipe de soins de santé, au chercheur scientifique et à tous ceux dont le sujet Cancer soulève l'intérêt, avec l'ouverture d'esprit la plus généreuse possible, afin de réfléchir à propos de nos questions, de nos besoins.