Bag om Gratia plena
Mariana e Belizário vivem um relacionamento neurótico; Jamol e Matilde, mantêm uma intimidade também neurótica. Pelos descaminhos da vida, esses casais se cruzam e se aproximam, tece-se, então, uma teia mórbida e neurótica que conduz a todos a terrível e incompreendida tragédia, que, mais tarde, levaria Belizário, o personagem-narrador a escrever: "O que eu era (ou representava)? E Matilde, o que era (ou representava) para mim? Eu não conseguia responder a essas perguntas. (Só anos depois, no cárcere, comecei a compreendê-las. Conversando comigo mesmo, ouvindo as paredes brancas e sujas de minha cela, entendi que certos atos de nossa vida podem se revestir de vários formalismos civis, como casamento, noivado ou namoro, mas, lá no fundo, constituem outra realidade. Não se trata do velho e gasto adágio, as aparências enganam, mas de algo mais trágico: os homens criam as aparências para se enganarem e fugirem de si mesmos.)"
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