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Poemas da gente

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O Golpe de Estado de 1964 e seus desdobramentos tornaram o Brasil num país binário, dividido entre os apoiadores da "Redentora", como era denominada a dita "Revolução de 64", e os "subversivos". Na segunda categoria, se enquadravam todos aqueles que não marchavam conforme a ordem unida emanada do quartel general instalado no Palácio do Planalto. Essa fissura atingiu todas as manifestações sociais; a literatura, como um todo, e, em particular, a poesia, que se manifesta de qualquer maneira e em qualquer circunstância, não ficou de fora. Assim, assistimos à convivência de duas vertentes poéticas: uma excessivamente formal, que substituía os temas vitais por meras discussões técnicas, e outra, às vezes completamente escrachada, que se tornou a manifestação do inconformismo: se era possível censurar a imprensa, a cátedra e o mercado editorial, não se lograva censurar a manifestação poética em seu estado puro de incontrolável explosão sem peias nem medidas. Por isso, durante o período mais acerbo da Ditadura militar essa segunda vertente da poesia passou a ter papel preponderante, porque havia se tornado numa das raras maneiras de os inconformados se expressarem. Com isso, surgiu uma poesia pública, centrada muito mais num "nós" que num "eu" poético. Uma poesia mais de conteúdo que de forma. E essa poesia conseguiu trânsito na imprensa, no mundo editorial marginal e na vida universitária. Acabou se tornando conhecida como "poesia marginal". "Poemas da Gente" é livro desse tempo, até o título denuncia o caráter público e popular da poesia nele contida; e sua organização confirma isso: "Primeira pessoa do singular", "Você e ele: segunda pessoa" e "Encontro: primeira pessoa do plural". Lógico, a linguagem tinha de ser o português tipicamente brasileiro, que mistura a segunda e a terceira pessoas do singular. Todos os poemas foram escritos entre 1.969 e 1.981, todos foram publicados em jornais e revistas da época, da imprensa estabelecida ou alternativa. Também convém notar que a maioria foi premiada nos muitos concursos que eram comuns na época.

Vis mere
  • Sprog:
  • Portugisisk
  • ISBN:
  • 9781520271385
  • Indbinding:
  • Paperback
  • Sideantal:
  • 126
  • Udgivet:
  • 31. December 2016
  • Størrelse:
  • 140x216x8 mm.
  • Vægt:
  • 168 g.
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Beskrivelse af Poemas da gente

O Golpe de Estado de 1964 e seus desdobramentos tornaram o Brasil num país binário, dividido entre os apoiadores da "Redentora", como era denominada a dita "Revolução de 64", e os "subversivos". Na segunda categoria, se enquadravam todos aqueles que não marchavam conforme a ordem unida emanada do quartel general instalado no Palácio do Planalto. Essa fissura atingiu todas as manifestações sociais; a literatura, como um todo, e, em particular, a poesia, que se manifesta de qualquer maneira e em qualquer circunstância, não ficou de fora. Assim, assistimos à convivência de duas vertentes poéticas: uma excessivamente formal, que substituía os temas vitais por meras discussões técnicas, e outra, às vezes completamente escrachada, que se tornou a manifestação do inconformismo: se era possível censurar a imprensa, a cátedra e o mercado editorial, não se lograva censurar a manifestação poética em seu estado puro de incontrolável explosão sem peias nem medidas. Por isso, durante o período mais acerbo da Ditadura militar essa segunda vertente da poesia passou a ter papel preponderante, porque havia se tornado numa das raras maneiras de os inconformados se expressarem. Com isso, surgiu uma poesia pública, centrada muito mais num "nós" que num "eu" poético. Uma poesia mais de conteúdo que de forma. E essa poesia conseguiu trânsito na imprensa, no mundo editorial marginal e na vida universitária. Acabou se tornando conhecida como "poesia marginal". "Poemas da Gente" é livro desse tempo, até o título denuncia o caráter público e popular da poesia nele contida; e sua organização confirma isso: "Primeira pessoa do singular", "Você e ele: segunda pessoa" e "Encontro: primeira pessoa do plural". Lógico, a linguagem tinha de ser o português tipicamente brasileiro, que mistura a segunda e a terceira pessoas do singular. Todos os poemas foram escritos entre 1.969 e 1.981, todos foram publicados em jornais e revistas da época, da imprensa estabelecida ou alternativa. Também convém notar que a maioria foi premiada nos muitos concursos que eram comuns na época.

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