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Tradições discursivas em jornais paulistas de 1854 a 1901: Gêneros entre a história da língua e a história dos textos

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Scientific Study from the year 2010 in the subject Romance Languages - Portuguese Studies, University of Sao Paulo; Department of philosophy (Letras e Ciências Humanas), course: Língua Portuguesa e Filologia, language: Portugues, abstract: Existem diferenças entre a língua de cada geração. Os pais não falam a mesma língua dos filhos, tampouco a mesma língua de seus próprios pais. Algumas pessoas até mesmo se preocupam com o ¿declíniö da língua portuguesa1. Segundo suas percepções, os mais jovens não sabem falar português e a língua portuguesa está se deteriorando. Na verdade, a língua portuguesa não se torna a cada geração menos útil ou funcional. Essa sensação de ¿declíniö provém de um simples fato: as línguas mudam. As línguas naturais estão sujeitas à variação: não falamos do mesmo modo, por exemplo, em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte (variação diatópica). Há maneiras de falar mais formais e outras mais informais e populares (variação diastrática). Também não falamos do mesmo modo em uma palestra proferida na universidade e em uma conversa com amigos (variação diafásica). Estudar as mudanças lingüísticas do Português Brasileiro é também estudar a história dessas variações. Contudo, reside aí um problema: a língua é colocada em funcionamento por meio de textos e gêneros e existe uma ligação entre a variante lingüística utilizada e o texto que concretiza essa variante. Cada gênero textual privilegia a utilização de uma determinada variante lingüística e de determinadas formas lingüísticas. O que vale dizer: a história da língua está ligada à história dos textos e dos gêneros. É por meio dos gêneros textuais que fenômenos lingüísticos são criados, adotados, disseminados, suprimidos, apagados, reabilitados. Essa observação traz uma conseqüência metodológica relevante para a Lingüística Histórica: não se pode estudar a evolução de uma língua a partir de qualquer texto. [...]

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  • Sprog:
  • Portugisisk
  • ISBN:
  • 9783640838585
  • Indbinding:
  • Paperback
  • Sideantal:
  • 276
  • Udgivet:
  • 23. februar 2011
  • Udgave:
  • 11003
  • Størrelse:
  • 148x20x210 mm.
  • Vægt:
  • 404 g.
  • BLACK WEEK
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Scientific Study from the year 2010 in the subject Romance Languages - Portuguese Studies, University of Sao Paulo; Department of philosophy (Letras e Ciências Humanas), course: Língua Portuguesa e Filologia, language: Portugues, abstract: Existem diferenças entre a língua de cada geração. Os pais não falam a mesma língua dos filhos, tampouco a mesma língua de seus próprios pais. Algumas pessoas até mesmo se preocupam com o ¿declíniö da língua portuguesa1. Segundo suas percepções, os mais jovens não sabem falar português e a língua portuguesa está se deteriorando. Na verdade, a língua portuguesa não se torna a cada geração menos útil ou funcional. Essa sensação de ¿declíniö provém de um simples fato: as línguas mudam. As línguas naturais estão sujeitas à variação: não falamos do mesmo modo, por exemplo, em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte (variação diatópica). Há maneiras de falar mais formais e outras mais informais e populares (variação diastrática). Também não falamos do mesmo modo em uma palestra proferida na universidade e em uma conversa com amigos (variação diafásica). Estudar as mudanças lingüísticas do Português Brasileiro é também estudar a história dessas variações. Contudo, reside aí um problema: a língua é colocada em funcionamento por meio de textos e gêneros e existe uma ligação entre a variante lingüística utilizada e o texto que concretiza essa variante. Cada gênero textual privilegia a utilização de uma determinada variante lingüística e de determinadas formas lingüísticas. O que vale dizer: a história da língua está ligada à história dos textos e dos gêneros. É por meio dos gêneros textuais que fenômenos lingüísticos são criados, adotados, disseminados, suprimidos, apagados, reabilitados. Essa observação traz uma conseqüência metodológica relevante para a Lingüística Histórica: não se pode estudar a evolução de uma língua a partir de qualquer texto. [...]

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